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Simbiose robô-vegetal

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Com informações da CORDIS –  02/01/2019

Planta em simbiose com robôs

Uma associação simbiótica formada por robôs e plantas que funcionem como um sistema cognitivo distribuído e auto-organizado promete brevemente projetar jardins e construir algumas das estruturas arquitetônicas mais inovadoras de todos os tempos.

E isto não é o enredo de um filme de ficção científica.

Uma nova forma de vida híbrida artificial acaba de ser criada para atender à demanda por áreas urbanas mais sustentáveis e mais ecológicas. Trata-se de uma associação robô-vegetal na qual robôs e plantas podem crescer juntos em um sistema co-dependente e auto-organizado.

Este é o objetivo do projeto Flora Robótica, financiado pelo programa da União Europeia chamado FET, sigla em inglês para Tecnologias Futuras e Emergentes. Segundo seus idealizadores, a simbiose robô-vegetal pode formar novas estruturas arquitetônicas e áreas verdes, oferecendo sombra e alívio do estresse, além de gerenciar a qualidade do ar.

Flora Robótica

O projeto tenta aproveitar ao máximo os diferentes tipos de tropismo das plantas, os mecanismos que os vegetais usam para se adaptar às mudanças ambientais, aproximando-se ou se afastando de um estímulo. O fototropismo, por exemplo, descreve como as plantas se inclinam rumo às fontes de luz. O gravitropismo descreve como elas respondem à gravidade e, principalmente, crescem para cima. O tigmotropismo descreve como as plantas sentem objetos pelo toque, o que as permite crescer em treliças, postes e estaleiros.

A equipe do Flora Robótica construiu esses perfis de crescimento como módulos de robôs, que se tornaram assim capazes de moldar toda a estrutura vegetal usando andaimes apropriados, controle de rega e estímulos diferentes, incluindo a interação humana. Uma rede de sensores, computadores e nós robóticos monitora constantemente o crescimento das plantas, reunindo informações para programar o próximo conjunto de estímulos.

O primeiro protótipo de demonstração usa um andaime de plástico flexível trançado, contendo LEDs e sensores de luz, para guiar o crescimento das plantas.

“O crescimento é de graça, mas temos que controlar as plantas para que elas cresçam da forma que queremos,” explicou a coordenadora do projeto, a professora Heiko Hamann, da Universidade de Lubeck, na Alemanha – o projeto congrega outras seis instituições de pesquisa.

A visão final do Flora Robótica é criar espaços verdes sociais e conectados à internet, autônomos, mas distribuídos.

Eles deverão crescer em diferentes localizações geográficas, distantes uns dos outros, recebendo estímulos locais e globais e dando vida a novos espaços e estruturas urbanas. Isso permitirá moldar “cidades vivas”, que se adaptem às necessidades dos seus moradores em uma nova convivência simbiótica.

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